Poesia faz de nós sua morada.

Para os que Virão

Como sei pouco, e sou pouco,
faço o pouco que me cabe
me dando inteiro.
Sabendo que não vou ver
o homem que quero ser.

Já sofri o suficiente
para não enganar a ninguém:
principalmente aos que sofrem
na própria vida, a garra
da opressão, e nem sabem.

Não tenho o sol escondido
no meu bolso de palavras.
Sou simplesmente um homem
para quem já a primeira
e desolada pessoa
do singular - foi deixando,
devagar, sofridamente
de ser, para transformar-se
- muito mais sofridamente - 
na primeira e profunda pessoa
do plural.

Não importa que doa: é tempo
de avançar de mão dada
com quem vai no mesmo rumo,
mesmo que longe ainda esteja
de aprender a conjugar
o verbo amar.

É tempo sobretudo
de deixar de ser apenas
a solitária vanguarda
de nós mesmos.
Se trata de ir ao encontro.
(Dura no peito, arde a límpida
verdade dos nossos erros.)
Se trata de abrir o rumo.

Os que virão, serão povo,
e saber serão, lutando.

Thiago de Mello
A imagem pode conter: 7 pessoas, área internaGrupo 01 Sarau de Poesia - Crianças de 04 aos 06 anosA imagem pode conter: 14 pessoas, pessoas sorrindoGrupo 02 Sarau de Poesia - Crianças de 07 aos 08 anosA imagem pode conter: 8 pessoas, pessoas sorrindoGrupo 03 Sarau de Poesia - Crianças de 9 aos 11 anos A imagem pode conter: 9 pessoas, pessoas sorrindoGrupo 04 Sarau de Poesia - 12 aos 16 anos 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Educação, Poesia e Esporte : Poderosas ferramentas de inclusão social.

Mulata Exportação

Apadrinhe uma criança e ganhe um sorriso que não tem preço