Ainda sobre ontem e sobre o quanto estou feliz pelo caminho que estamos começando a percorre juntas. Há oito anos quando comecei a matuta de que forma podia fazer algo parecido com o formato, que hoje são as rodas eu não podia deseja que fosse mais perfeita. Levei esses anos todos para conseguir fazer com que essa ação acontecesse e percorri um longo caminho e me cerquei de táticas para fazer ela acontece. Daí surgiu o Apadrinhe um Sorriso e o Sarau de Poesia. Mesmo feliz pelo sucesso dos dois projetos o que queria mesmo era que a roda poética com as mulheres saísse dos planos das ideias e se tornasse algo concreto e foi isso o que aconteceu. Que delícia ouvir das meninas, que ontem foi um dos melhores encontros. Sei bem que o que faço é algo para além. Um movimento como esse dentro de uma favela como o Parque das Missões que questiona relações sociais, que quer promover mudanças nunca será visto com bons olhos, não nos cederão espaço de bom grado, mesmo que hoje a palavra feminismo nã

A roda poética feminina teve início em junho de 2015 e desde então existem encontros quinzenais, sempre às terças-feiras na comunidade do Parque das Missões/ Duque de Caxias - RJ. Coordenada por Fabiana Silva, moradora da comunidade, Pedagoga formada pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ , trabalha no Museu de Arte do Rio - MAR na Gerência de Educação como Apoio Educativo. É coordenadora de três ações sociais na Comunidade do Parque das Missões. A Roda Poética Feminina tem o intuito de fomentar e discutir temáticas da opressão feminina, para o público jovem e adulto da comunidade. No primeiro momento o encontro era direcionado para as mulheres, no decorrer do processo viu-se a necessidade de abrir e agregar novas escutas. O enfoque é trazer discussão provocativa e reflexiva através de poesias, poemas e textos diversos, entre outras abordagens, bem como, das histórias reais vivenciadas dentro da comunidade por essas personagens. Sabemos que o movimento das mulheres

"Sou puta Quando uso a boca vermelha Meu salto agulha E meu vestido preto. Sou puta Mordo no final do beijo Não fico reprimindo desejo E nem me escondo na aparência de menina. Sou uma puta de primeira Acordo às 6:30 Pego ônibus debaixo de chuva Não dependo de salário de macho E compro a pílula no final do mês. Sou uma puta com P maiúsculo Dispenso o compromisso Opto pela independência Não morro de amor Acordo sozinha Cresço sozinha Vivo na minha Bebo em um bar de esquina Vomito no chão da cozinha. Sou uma putinha Passo a noite em seus braços Mas não me prendo no laço Que você quer me prender. Sou puta Você tem o meu corpo Porque eu quis te dar E quando essa noite acabar Eu não vou te pertencer E se de mim você falar Eu não vou me importar Porque um homem que não me faz gozar Nunca terá meu endereço. E não é gozo de buceta É gozo de alma É gozo de vida É me fazer sentir amada Valorizada E merecida E se de puta você me chamar Eu vou agradecer. Porque a puta aqui foi criada Por u

A demanda é: Favelofagia em ação! Hoje foi dia do meu bairro favelofagico Parque das Missões. Para transformar é só querer. Esse ano as dinâmicas do Teatro do oprimido decola na roda poética feminina. A "turma do contar" decola no Sarau de poesia infantil. E isso em um só lugar. Na sala de leitura do Parque das Missões. Texto de Bruno Alarcon 

No meio do caminho de Dante tinha uma selva escura. No meio do caminho de Carlos tinha uma pedra. No meio do caminho de Tom tinha um rio. Era pau. Era pedra. Era o fim do caminho? Cada um no seu canto com seu canto nos chamou. E nenhum de nós, nunca mais, ficou sozinho. No meio do caminho de Dante teve uma estrada. No meio do caminho de Carlos teve um túnel. No meio do caminho de Tom teve uma ponte. No meio do caminho de Cris tinha um oceano. No meio do caminho de Marco tinha inimigo e deserto. E tinha muita lonjura pelo caminho de Alberto. (...) Ana Maria Machado. 

Seis anos promovendo sorrisos e troca de amor e afeto. Esse ano com um gostinho super especial, pois tivemos a nossa sala de leitura como base principal da entrega. Compartilhando alguns sorrisos.