Festa Literária do Apadrinhe um Sorriso

Resistimos e persistimos, pois entendemos que com cultura e educação mudamos o mundo.

Aqui no Parque a Carne mais barata é a Carne negra (assim como no mundo), mas as crianças e jovens do Apadrinhe um Sorriso carregam em sim ferramentas para lutar contra esse quadro.
Pelo segundo ano promovemos nossa festa literária e a mesma foi rica, linda e de impacto. 
Sem apoio financeiro nenhum, mas com uma mobilização social por parte dos responsáveis, que vou te falar 😍😍😍
Tivemos teatro, música, batalha de dança, batalha de poesia e tudo feito pelas crianças e jovens do Apadrinhe um Sorriso.
Gratidão aos responsáveis que nos auxiliaram com o lanche (Juliana CristinaIara AquinoElizabete BatistaAlessandra AlvesKatiane RobertaAdriana Maria Lulu Adriana GuPatricia Paulo e Welligton).
Gratidão as crianças e jovens que se apresentaram e mostraram mais uma vez que o importante é sermos nós por nós para sermos muito mais.
O que realizamos no Apadrinhe um Sorriso é muita coisa. Fazemos sem quase nenhum apoio (um amigo aqui e um amigo ali q contribui com os lanches, mas não é constante e infelizmente não podemos conta sempre) e sem estrutura física (nosso espaço é minusculo frente as nossas demandas e ao quantitativo de alunos que temos. Por isso a necessidade de dividirmos em horários diferentes).
Talvez para vc que não more em uma favela como a nossa não sabe como isso aqui funciona (não temos segurança, não temos acesso a cultura (a única q os jovens tem são os bailes funks, mas o mesmo é perseguido pelo poder do ESTADO na figura da policia q somente "PERMITE" que o mesmo aconteça se tiver "arrego". Me pagam que eu permito o baile em u
um bom português. As duas escolas públicas da comunidade (creche e escola) não tem estrutura, não tem preparo, não tem professores (alunos do CIEP não tem alunos de português é sete meses e física e química são só palavras dentro do imaginário de alguns alunos do ensino médio) e a creche para além de não ter estrutura para atender todos os alunos também não tem professores qualificados para lidar com a dinâmica de se trabalhar em espaço de favela ("manzinha alise o cabelo da sua filha ou corte ele, pois o cabelo dela não condiz com um espaço escolar", professores batendo em alunos e mãos enfurecidas querendo matar os mesmos, crianças entrando as sete e saindo as nove ou entrando as doze e saindo as quatorze horas). 

Crianças passando fome e quando digo fome é não ter o que comer mesmo. Saindo da escola e indo para o sinal pedir ou pior são os fantasmas sociais violentos q estamos produzindo enquanto sociedade (espectros violentos q roubam para comer/sobreviver). 
Essa é a realidade do Parque e de muitas outras favelas, mas eu posso falar do meu território e acredito muito que é possível mudar esse quadro quando promovemos cultura, educação e acesso. 
Mas para além do que o Apadrinhe um SOrriso faz com essas crianças e jovens o que precisamos é da presença do Estado nos auxiliando nessas mudanças, pois o concreto precisa se apoio.

















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