O que fazer?

Desde o fechamento do aterro de Gramacho em junho deste ano, Duque de Caxias – assim como o Rio de Janeiro - vem enviando seu lixo para a Central de Tratamento de Resíduos do município de Seropédica (a aproximadamente 50km de distância), mas para fazer o transporte, o lixo era primeiro administrado no depósito, para onde seguia depois em carretas.

De acordo com a a sentença da juíza Natacha Nascimento Gomes, da 2ª Vara Cível, o local - que não tinha licenciamento ambiental e estava em área de grande povoamento - vinha se transformando em “verdadeiro lixão a céu aberto”, mas esquecemos de citar que esse mesmo espaço empregava mais de 300 pessoas, que alem de ficarem desempregadas também sofrem pela falta de coleta de lixo, mas isso daria uma nova escrita.

Ainda de acordo com a sentença, a prefeitura não podia alegar que o lugar servia apenas como estação de transbordo uma vez que “a permanência de resíduos sólidos em área não licenciada, por tempo mínimo que seja, acarreta liberação de chorume e gases tóxicos com gravíssimos riscos à saúde da população e ao mesmo ambiente”.

Duque de Caxias produz cerca de mil toneladas de lixo por dia. Para o subsecretário de Ambiente do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Firmino Pereira, o município não se preparou adequadamente para o fechamento de Gramacho. “Eles sabiam quando Gramacho iria fechar e não se preparam ao utilizarem uma estação como essa, inadequada para o transbordo”.
A comunidade do Parque das Missões além de sofre pela falta de coleta de lixo, também sofre pela falta de saneamento básico, esgoto corre a céu aberto em várias ruas da comunidade, com a obra acontecendo no fim da comunidade – a empresa Rio Minas nesse momento está construindo um cas de atracamento, projeto que visa criar uma nova via para desafogar as grandes vias da cidade do Rio de Janeiro –  destruiu as ruas da comunidade por conta do peso dos caminhões baús que circulam com material que são usados na obra.
Os moradores da comunidade estão jogados no lixo literalmente, além da poeira proveniente das obras, sofrem com a falta de coleta seletiva e com a falta de saneamento básico das ruas principais da comunidade e também das casas que ficam na área conhecida como a Colômbia do Parque das Missões – ocupação que ficar no fim da comunidade e que além de não conta com coleta seletiva, também sofre com falta de água encanada e saneamento básico – área ocupada há mais de 8 anos por mais de três mil moradores.
O único pedido que os moradores fazem é que se tenha respeito, pois não tem como viver em um lugar entregue as moscas e aos ratos, lugar em que crianças brincam na beira do valão por falta de uma área de lazer que não tenha lixos disputando espaço com ratos e outros bichos.

 Crianças brincando no lixo.
 Ruas que são verdadeiras lamas.
 O brincar...

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