Ser poético
Olhando para as paredes da minha casa só vejo jogo de sombras. As janelas abertas mostram o riso dos pássaros. Na casa da vizinha começa o movimento dos baldes d’agua Vizinhos batendo o ombro ao passa pelo portão na buscar pela água preciosa. O balde desce e sobe, sobe, Nas gotas que escapam pelo balde o brilho da esperança surge e escorre pelo piso do quintal, Não desprezando coisa alguma Na exaustão do seu trabalho. Vai e vem dos passos apresados Sempre juntos dos sonhadores E renova o momento dos ditos não sonhadores A água caridosa Que se funde com o chão, Leva o tempo, e o cansaço, Enche baldes, lava o chão. Os latidos silenciam na reverencia do transita dos moradores já cansados de espera. Na vitrola do bar toca as batidas descansadas e os meninos param um pouco para ouvir e conversa. Rua de terra batida e poeiras levantadas por cada passo recebido, O nome da diva do dia e da noite é Regina. Dizem que serem poéticos não existe. Regina co